Sabe quando você fica triste, pensando em como você já se divertiu, como teve bons momentos na vida,...
Conheci uma menina assim, super alegre, divertida e grande amiga, tinha problemas (vários problemas!!!) mas relevava todos pois o frescor da juventude era mais atraente que qualquer situação que a tentasse deixar triste por muito tempo. Uma adolescente que sentia alto confiança suficiente para acreditar que era invencível.
Mas, todos crescemos, ela também cresceu, começou a fazer "coisas de gente grande", agora acreditava que para se divertir eram necessários artifícios e com o tempo, nenhum lhe bastava, aprofundou-se então em vários divertimentos que os outros jovens indicavam como sendo "o melhor", nenhum era suficiente, passou a mescla todos: bebidas, entorpecentes, diversos relacionamentos e muita curtição. Mas nada a deixava feliz, sabe a sensação de estar num balanço? (desses de parquinho mesmo), era tão simples e tão bom, sentir a liberdade, vento esvoaçando os cabelos, sem preocupar-se com maquiagem, roupas, penteado,... Lembrou-se que quando era criança, ah!quando era criança, bastava um balanço para sentir a Felicidade enchendo seus pulmões, fechava os olhos e não sentia medo, havia segurança (pois sentia-se segura), mas esse tempo tão bom havia passado, e agora haviam apenas problemas, insegurança, sentimentos de solidão e fragilidade.
Teve uma idéia, queria ser feliz nem que fosse por alguns segundos, pensou que depois de sentir tanta tristeza um balanço não seria suficiente, resolveu então: iria voar!!!!, e por segundos teria a sensação de liberdade e alegria novamente. Pensou nisso toda a madrugada, e pela manhã subiu na mureta de proteção da sacada no sétimo andar, abriu os braços, respirou fundo e voou, livre; É verdade que foram apenas poucos segundos,mas quando saltou pode sentir alegria, e antes de tocar o chão algo veio como uma idéia relâmpago: se acabar com sua vida como haverão novas oportunidades de felicidade??? não houve tempo para refletir sobre essa pergunta pois antes que desse tempo para perceber, já estava no chão.